sábado, 4 de maio de 2019

Acampamento Terra Livre 2019

Encontro Mura na ATL
eu e Tato Mura partilhando ações na ATL
meus filhotes do Levante Indígena da Usp
Lais Makaxali e Karai Mirim Legon
O Acampamento Terra Livre para mim é uma oportunidade de estar junto com os parentes de todo o Brasil, para unirmos forças para lutar por nossos direitos. É uma grande assembléia onde estabelecemos nossas prioridades, trocamos ideias, tomamos decisões. É um espaço de encontro da diversidade cultural indígena. Conhecemos novos parentes, reencontramos os que fomos conhecendo na caminhada de lutas, de ações, intervenções, mesas, encontros, visitas. Este ano fiquei mais nos bastidores, não subi no palco da plenária para cantar, nem fazer denúncias como ano passado. Participei da plenária na câmera dos deputados: Protagonismo Indígena na defesa do meio ambiente e sustentabilidade, organizada pela deputada federal Jônia Wapichana, fiz uma fala coletiva em defesa dos territórios indígenas de todo o Brasil, enfatizando a invasão do território Karipuna e Uru Eu Au Au e não podia deixar de falar das ameças que meu Povo vem sofrendo e trouxe presente a pressão de mineradoras enfrentadas pelos Mura do Amazonas. Falei da luta do meu cacique Nelson Mura pela sua saúde agravada devido a negligencias de funcionários da saúde indígena a um ano atrás e que agora a equipe da direção ao tomar conhecimento está tomando providências para que ele receba o atendimento devido. Cantei suas músicas que ele me ensinou ao redor da fogueira com outros parentes, não esqueci de lembrar sobre a luta pela demarcação da Terra Itaparanã ao apresentar a minha canção: memórias cantadas. Estava com uma grande família, foi uma alegria encontrar os parentes já conhecidos e conhecer outros. Poderia ficar junto com os Tupinambá, com os Guarani, com os Funiô, com os Pataxós e tantos outros povos onde tenho amigas e amigos que me reconhecem e me respaldam, mas fiquei na barraca da minha parenta Eva Canoê (que está na luta junto comigo no Madeira e no Mamoré)  no lugar onde ficou a delegação de Rondônia. Nesse acampamento teve um acontecimento especial, pude caminhar, compartilhar ações, com meu parente Mura e minha parenta Mura do Amazonas. Para nós não há fronteiras. Foi bom também encontrar amigas e amigos não indígenas que já viabilizaram apoio a nossa luta Mura. No último dia do acampamento pude ficar com o levante indígena da Usp que tenho como meus filhotes, dei atenção, carinho, cuidados e presentinhos e recebi muita consideração e carinho também. Kwekatu reté para todas e todos que somaram.
Mulheres Indígenas da Amazônia - Tupari, Sakurabiat, Mura, Puruborá, Suruí, Apurunã



Arara e Mura

Mura e Mirim Ju Yan Guarany

Junto com parente Uru Eu Au Au e Cassupá na entrada para plenária na câmera dos deputados federais


Na plenária sobre meio ambiente e sustentabilidade, debatendo e praticando o protagonismo indígena.

voltando da plenária para o acampamento com parenta Munduruku

Mura e Aline Kayapó

Kraô e Mura

Com minha amiga Funiô

Reencontro com parenta Pataxó

Relembrando nossa intervenção no evento de antropologia na USP - parente Huni Kuin

Interagindo com parenta Tapajoara, depois da foto ela foi cantar e ensinar a colografia vinda do Tapajós.

Na noite cultural com os meninos do Levante Indígena da USP e para além da USP estão se fortalecendo espiritualmente, culturalmente e politicamente junto aos Guananis. 

Sempre bom encontrar nossa cantora e jornalista Djuena Tikuna 

Noite cultural com Naná Kaigang do Levante Indígena

Nossa coordenadora da APIB - Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

Até a Macha das Mulheres em agosto: Território: Nosso Corpo. Nosso Espírito! (tema escolhido na primeira assembléia indígena na ATL - 2019.

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