Começou no dia 01 de Setembro e terminará no dia 30 de Setembro o palco giratório em Porto Velho. A vivencia dessa arte possibilita encontro de diferentes mundos, trocas de perceções. A arte tem essa capacidade de tocar o ser, de fazer se ver, de fazer o ser olhar o mundo ao seu redor... Sentir-se correspondido em seus sonhos, angústias, desesperos, vontade de transformar aquilo que incomoda, que é injusto... Perceber que em diferentes tempos e mundos pessoas se indignaram e sonharam como nós e foram de diferentes formas sufocados pelos poderes... Foi assim que me senti quando assisti a apresentação: O Amargo Santo da Purificação da Tribo de atuadores ói nóis aqui traveiz/RS que de maneira forte soube representar e nos fazer sentir a repressão da ditadura militar, a invasão do progresso, a imposição de um modelo de desenvolvimento, a coragem da resistëncia, o grito de liberdade... Gente! Hoje aqueles que são contra os projetos desenvolvimentistas na Amazönia gritam e os governos não os torturam fisicamente, não arrancam suas línguas, não os matam, mas torturam simbolicamente, não os escutam, os ignoram, utilizam as instituições de poder para a implantação de seus interesses, fecham os olhos para a realidade, obrigam pessoas deixarem seus espaços culturais e de sustentabilidade da vida. Aqui em Porto Velho aqueles que tomam as frentes de rsisitencia e organização política das comunidades afetadas pelas hidrelétricas no rio Madeira estão com interdido proibitório e não podem se quer visitar algum amigo que vive do outro lado do Rio Madeira que esteja na área das hidrelétricas. Mas esse é um assunto que incomoda muita gente, e desagrada ao ser falado, como o assunto dos sequestrados na Colombia, temática da peça de ontem no teatro 1 do sesc: Ingrid - baseada na experiëncia de cativeiro de Ingrif Betancourt, dirigido por Marco André Nunes. O espetáculo propos uma reflexão sobre o problema do sequestro na Colömbia, suas sequelas na sociedade e nos indivíduos privados de liberdade, cujos direitos humanos são violados. Entre a representação da vida e a vida representada a atriz se dirigiu a platéia: Eu sou colombiana, e por isso, estou aqui em Porto Velho-Rondonia para dizer que tem muitos sequestrados... Sim tem muitos sequestrados, sim e como eles as comunidades que vivem do outro lado do rio Madeira são invisíveis, silenciados, ignorados, privados de sua liberdade de ir vir seguindo o caminho do rio, como sempre vizeram e também com seus direitos humanos desrespeitados! É minha gente a arte faz pensar, faz associarmos as coisas! Não é atoa que muitos governantes ainda hoje a acham perigosa! Ah! Só mais uma coisa, o olhar sob o sequestro na Colombia não foi unilateráral, houve a possibilidade de percdeber que a inteção não era condenar os camponeses e aqueles que fazem parte do movimento de resistencia ao poder do tráfico aliado ao poder economico e político!
Nenhum comentário:
Postar um comentário