domingo, 14 de abril de 2019

A dura vivência de mais uma inundação


Na quarta semana de fevereiro de 2019 não teve jeito dona Lurdes e sua família tiveram que sair de sua casa. Foi muito triste vê-los se mudando, porque eu sabia que estava muito dolorido para os dois mais velhos, dona Lurdes e seu Venâncio.




casa da dona Lurdes - guardiã das plantas medicinais  e d seu Venancio que
Dona Lurdes nossa guardiã das plantas medicinais. Seu Venâncio toca violão mesmo quando estão difíceis as coisas, ele faz parte da velha gurda, é nosso patrimônio cultural.



Nós da Maloca Mura também tivemos que fazer nossa mudança para a terra firme. 

Maloca Mura

pé de puruí fruta que me remete a minha avó. Fruta ancestral.

arte do Bote Negro, artista Chileno, filho de mãe  Mapuche

Foi preciso uma foça do urucum

minhas cerâmicas Marajoaras, Xinguanas, Suruí e uma forma tradicional do Uruapeara que faz parte da cultura da minha família

cestaria, pal de chuva e entre os artefatos a retrato meu com minha mãe.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Nos mudamos na quarta semana, tivemos o grande apoio do primo Timaia e da parentada toda da terra firme, ainda assim, foi dolorido. Mas, ficamos agradecidos a prima Antônia por nos ter dado um cantinho de sua casa para guardar nossos patrimônios culturais: Cerâmicas, paneiros, arcos,  flechas, dentre outros.







O movimento de salvar as coisas foi intenso em toda a comunidade.

Branquinha e vermelhinha. a primeira pariu um dia antes de eu pegá-la a outra está aqui na Maloca Querida, em Porto Velho 



Mas, no último dia da semana, depois de tirar as coisas de dentro da Maloca Mura, tínhamos que levar as nossas duas hospedes para a terra firme, pois íamos passar a semana fora em Porto Velho resolvendo coisas, visitando neto, filhos, mãe e irmãos que estavam preocupados conosco. Deixar a cachorra que estava prenha e a vermelhinha foi muito difícil. Chorei muito!





sábado, 13 de abril de 2019

A angustiante espera da subida da água



Quando a água começa a subir não nos resta outra coisa a não ser esperar chegar entrar na casa. Assim ficava a olhar minha vinagreia que estava tão bonita e iria morrer, o cacho de banana cumprida não ia amadurecer, meu canteiro de plantas medicinais que não tive tempo de salvar. Foi uma semana a espiar cada centímetro a subir sem saber se ia parar ou continuar a subir as águas. Na incerteza a comunidade continuava ase movimentar, Os vizinhos indo e voltando de canoa, começando a subir as coisas nas marombas. Eu e Iremar a observar tudo e a fazer nossos registros, lendo, escrevendo, indo ao roçado, visitando e procurando entender tudo junto com os mais velhos e o que sempre nos falavam é que depois de 2014 tudo mudou que nada mais era entendido, que não dependia mais da natureza e sim dos homens que fizeram as hidrelétricas. Assim, passou a terceira semana de fevereiro de 2019.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Depois das Hidrelétricas nossa vida não é mais a mesma









Desde 2007 os rumos de nossas vidas às margens do Rio Madeira começaram a mudar. Começaram a falar sobre a construção de uma hidrelétrica no Rio Madeira. Desde o inicio já começou a dividir as comunidades, os grupos até os movimentos culturais de resistência. De 2007 a 2009 foi só muita manipulação e violações de direitos. Nosso mundo começou a desabar literalmente. Era tratores derrubando vilas, bairros, cidades, revirando sepulturas, para construir novas construções para atender turistas e elites burguesas. Também teve muita luta! Muita Luta mesmo! E agora mesmo depois das construções e da primeira inundação devastadora reunimos forças para resistir e existir. Em 2014 eu estava em São Paulo terminando minha tese de doutorado, tinha dia que eu chorava, ligava para meu companheiro para  e pedia para ele procurar saber como estavam meus parentes e todos da comunidade de Nazaré, porque eu só via noticia da cidade de Porto Velho, Somente no mês de Junho consegui vir a Porto Velho e depois chegar até Nazaré. Lembro do quanto fiquei impactada ao ver tanta destruição, parecia que havia passado fogo nas árvores. Passei uma semana na comunidade, fazia uma semana que as águas haviam descido tudo. Estavam todos retirando a lama acumulada das vias de acesso e reconstruindo a comunidade por conta própria e muita determinação. Foram uma semana ouvido as pessoas falarem de seus traumas por terem ficado mais de quatro meses sem nenhuma comunicação, sem casa, tendo seus direitos humanos violados. Cheguei até a publicar duas entrevistas na revista: nr. 13 da Contemporâneos - Revista de Artes e Humanidades, disponível em www.revistacontemporaneos.com.br


·  Manel Benigno - 62 anos de idade, pequeno comerciante.  Artemis Ávila Ribeiro – 73 anos de idade, professor aposentado, e Maria das Dores Maciel – 57 anos pequena comerciante junto com seu marido Manel Benigno e dona de casa.
Por Márcia Nunes Maciel (USP-SP)

·  Timaia Nunes -  faz parte do Povo Indígena Mura. Possui graduação em História pela Universidade Federal de Rondônia (2001). É mestre em sociedade e Cultura na Amazônia, pela Universidade Federal do Amazonas. Atualmente é doutoranda em História Social pela Universidade de São Paulo -USP, é pesquisadora do Núcleo de Estudos em História Oral/ NEHO -Núcleo de Estudos em História Oral.
Por Márcia Nunes Maciel (USP-SP)

Dei continuidade nos meus trabalhos de campo do doutorado e cada vez que ia até as comunidades afetadas pelas hidrelétricas percebia os problemas deixados pelas mesmas, passei a ouvir com recorrência queixas de dor de estomago após se alimentar de peixe e casos como o as pessoas da comunidade que ficaram apavorados quando uma curandeira respeitada avisou para não tomarem, mais água direto do rio e igarapés senão ficariam todos epustemados (podres por dentro), O que me chamou a atenção foi o fato de que a equipe de saúde já havia informado da contaminação do lençol freático e ninguém havia feito alarde, o que demostrava ineficácia dos informes científicos, mas o alerta da curandeira teve efeito.
Em 2016 terminei o doutorado e no meio do ano já assumi minhas turmas de história na escola estadual da comunidade. Desde então, moro em Nazaré e 2018 foi a minha primeira enchente vivenciada. Foi uma cheia pequena comparada a de 2014, mas causou transtornos com perdas de plantações e impedimento de acesso terrestre. Algumas pessoas se acidentaram, como no meu caso que me alaguei junto com meu filho e tivemos nossa perna machucada e que me deixou problemas de saúde. Agora em 2019 ela veio maior que 2018 e chegou mais próxima da de 2014, subiu mais de um metro de água em toda a comunidade e já fez no dia 10 de abril três meses que ela não desce. 
Em dezembro de 2018 o nível do rio já estava alto e preocupava os mais velhos. Depois do trauma de 2014, o clima de apreensão já estava se instaurando.
A partir do mês de fevereiro lá para segunda semana a sensação coletiva de insegurança se intensificava, até os que tinham a casa mais alta estavam preocupados. Numa tarde ao andar pelo trapiche de madeira observava minha vizinha cabisbaixa na varanda de sua casa, de assoalho bem alto, no final da tarde olhando para a água. Eu falei pra ela - a água não vai chegar no assoalho não. Ela me respondeu - eu estou com medo visinha a água está subindo muito alta. Infelizmente o medo dela também era o meu e de toda a comunidade.
A cada dia que passava observávamos um nível a mais da água sem nada poder fazer, a não ser esperar a hora de começar a fazer marombas para suspender as coisas até não dá para suspender mais e sair de casa. Assim, ficamos eu e Iremar na Maloca Mura. 
Daqui para frente vou fazer uma postagem para cada sentimento vindo átona no percurso da cheia.
Terceira semana de fevereiro de 2019

quinta-feira, 11 de abril de 2019

seguindo caminhos ancestrais




Por mais que tentem nos apagar basta um sopro para a chama da ancestralidade começar a acender.



Após a vivência com minhas sobrinhas sobre nossas memórias ancestrais, por meio de narrações sobre os antigos da nossa família; literatura indígenas, contações vindas das avós, canto e dança indígena, elas seguiram em busca de seus sonhos levando na bagagem o conhecimento que as repassei e eu iniciei meu caminho ancestral pelo Rio Madeira.

Varando pelos furos à caminho das casas do parentes no Uruapeara, com tio, mãe e irmão.

Retomada de castanhal do tempo das mulheres mais velhas da família.
Crianças do Uruapeara vivenciando literatura indígena 

Sentindo-se renovada

Biscoitos de massa do tempo das mulheres mais velhas

Sobre a chama de uma vela memórias afetuosas de nossa avó se deleneiaram




Seguindo o caminho das águas uma parada em Manicoré



Revisitando lugares em Manicoré deparo-me com alimentos tradicionais que me remetem a minha avó. Nada melhor que tomar um café da manhã com biscoitinhos de massa do jeitinho que minha avó materna fazia; tomar um suco de jenipapo e finalizar com um café acompanhado de um pedaço de bolo de macaxeira. Fui saboreando cada lembrança que vinham bem fresquinhas no sabor e saber da tradição.




Essa igreja em Manicoré é antiga e traz lembranças dolosas de meu avô materno. Minha avó me contou que quando ele e seu irmão eram curumim sua mãe que os criava sozinha, os deu para os padres. Já meios grandes foi dado a eles a tarefa de lavar essas vidraças, mas como todo curumim, ao invés de lavar janelas de igreja eles gostavam mesmo era de arpuar, infelizmente, a brincadeira teve final trágico, pois no momento que o amigo do meu avô se abaixou para pegar a flecha, meu avô flechou bem na hora que seu amigo foi levantando e sua flecha atravessou o ombro do amigo que veio a falecer, por esse motivo, meu avô e seu irmão foram expulsos pelos padres. Assim, os dois irmãos se separaram e vieram a se encontrar novamente somente muito tempo depois, já casados com família num seringal no Estado de Rondônia para dentro do igarapé Cuniã.










Seguindo o percurso até Manaus passamos por Borba que tem uma imensa imagem de São Francisco. Historicamente, foi um aldeamento da ordem Franciscana. Ainda hoje há famílias Mura assumidas na localidade. Minha vó me contava que antigamente, já no tempo dos seringais, Borba era uma localidade santa e quem tinha muito pecado não conseguia subir o barranco, quando estava chegando escorregava e tinha que começar a subir de novo. Hoje tem ainda os festejos, mas agora tem a escada para facilitar ou dificultar a vida dos pecadores.




Após passar uns dias em Manaus com um casal amigo do Povo Indígena Baré, fui para o ponto do percurso que pretendia chegar. O Encontro do Povo Mura na Terra Indígena Santo Antônio. Como o do ano ano passado foi um encontro forte, onde recebi muita consideração, carinho e respaldo. É Sempre bom estar com meu Povo, que para o lado do Amazonas são fortes politicamente.



Vamos continuar (R) existindo!



                          Voltei para Porto Velho com as esperanças renovadas.





sexta-feira, 5 de abril de 2019

Ainda sobre 2018


O ano de 2018 não foi fácil! No começo parecia que ia ser muito bom, pois em janeiro recebi amigas e amigas na Maloca Mura:


No Rio Madeira indo para o embarque no barco que já havia iniciado o percurso da viagem. (Janeiro de 2018)
Indo passear no sítio do meu primo Reinado que fica no lago do Peixe Boi. (Janeiro de 2018)


E ainda havia alimentos no nosso roçado sem agrotóxicos para compartilhar:



Colheita de milho - roçado mura - 2018.


mamões que não deu tempo de amadurecer até chegar a enchente de abril de 2018.


















somando força Mura para arrancar uma raiz de macaxeira. (2018)









Participei do encontro Mura pela primeira vez na aldeia Sissaima no Amazonas, encontrei muitos Muras que me reconheceram e me fortaleceram. Estava muito animada, mas logo em abril, veio muitos problemas.







2018 houve muitos entraves políticos no campo educacional, cultural, social e consequentemente econômico. Foi preciso os trabalhadores da educação se mobilizar. Foi bom reencontrar colegas do tempo da graduação na luta.


luta por melhorias educacionais - 2018.
 De forma particular, foi um ano difícil no plano pessoal que não está desligado da esfera maior. Os maiores desafios que enfrentei foi no meu espaço de trabalho com a educação escolar e  na minha saúde. No campo educacional houve muita negligência com o atendimento de transporte escolar, o qual se dá por meio das voadeiras que transportam os alunos das comunidades até a escola. Enfrentamos várias paralisações, do final de julho, todo o agosto e uma parte do mês de setembro. Os pilotos que conduzem as voadeiras ficaram com mais de três meses sem receber e paralisaram. Ninguém assumiu a responsabilidade, no fim das contas quem se prejudicou foram os alunos e professores, os alunos por ficarem desestimulados e voltarem sem animo nenhum para a escola e os professores por ficarem sobrecarregados e sem infra estrutura para recuperar o ânimo dos alunos. Ainda assim, cada professora e professor procurou correr atrás do tempo perdido, foi um salve se quem puder. Foi muito desgastante.

processo de recuperação espiritual e física em Nazaré - 2018.
Foi preciso força para não desistir, mas o que piorou a minha situação foi ter sofrido um acidente no mês de abril numa área de alagação em Nazaré, eu e meu filho nos alagamos num dia em que a água estava muito corrente entre as casas e que subiu rápido até a noite, coisa que acontece quando são abertas as comportas das hidrelétricas.. O casco que estávamos navegando para irmos para casa alagou, virou em cima da nossa perna e a força da água fez com que ficássemos empresados na parede de uma casa. Nesse dia, senti uma grande revolta e um abandono muito grande. Desde então, minha saúde foi decaindo.
Após voltar da ATL - acampamento Terra Livre, fiquei bem mal, sem poder levantar da cama por um mês, mas criei forças para levantar pelas crianças do 6º ano que eu sentia muita falta e de alguns outros alunos de outras turmas. Voltei a trabalhar sem poder andar muito e ficar muito tempo em pé, mas fui enfrentando os desafios. Foi graças as pajelanças que me recuperei o suficiente para voltar para as lutas.

Em maio na marcha das mulheres junto com Maquezia Mura, Tanã Mura e Isabel do Levante indígena na USP que veio participar do canta mulher e vivenciar algumas experiências conosco na Maloca Querida, em Porto Velho e na Maloca Mura, em Nazaré.

Isabel radiante antes de sua apresentação no canta mulher - 2018.

marcha das mulheres - 2018

Coletivo Mura e Levante Indígena na marcha das mulheres - 2018.


Ainda em maio de 2018 unimos forças para demonstrar nosso repúdio a falas etnocidas  sobre o Povo Mura feita na Universidade Federal de Rondônia.

durante o ato de repúdio a falas etnocidas na UNIR - Universidade Federal de Rondônia.
Em setembro conseguimos fazer o desfile de 7 de setembro, com nossas intervenções em frente a unir centro.
2018 foi um ano que três mulheres que fizeram parte da minha vida fizeram a passagem, a tia Tereza, a tia Cila e a dona Maria Cassupá. Para a tia Tereza e a tia Cila eu ainda consegui fazer uma homenagem aqui no meu blog, mas para Dona Maria não consegui, na época de seu falecimento, no mês de agosto eu estava em São Paulo com duas sobrinhas apresentando rodas de conversas sobre modos de ser indígenas e difundindo nosso projeto com essa temática que realizamos todo mês de abril na escola. A necessidade de fazer a homenagem para Dona Maria, foi um dos motivos que me fizeram falar mais um pouco de 2018 antes de iniciar as postagens de 2019.

Povo Cassupá 

Atividade cultural de fortalecimento Cultural do Povo Cassupá. Eu estou entre uma senhora do Povo Salamãi e a Dona Maria Cassupá, do meu lado esquerdo.


Dona Maria foi minha colaboradora na minha pesquisa de Iniciação científica e bacharelado de história: A construção de identidade - Povo Indígena Cassupá. Fui conquistado a confiança dela aos poucos, mesmo depois da pesquisa, continuava sempre bem recebida por ela. Todas às vezes que ia visitá-la ou ia para alguma atividade na comunidade, ela sempre me presenteava com frutas coletadas por ela, principalmente tucumã. 
Em sua narrativa resultante de sua experiência de vida ela atualiza uma memória antes do contato e pós contato dos não indígenas com seu Povo. Tinha dez ano de idade quando foi retirada da sua aldeia junto co outros parentes. Fez todo o percurso de deslocamento do grupo que foi retirado do seu território. E ficou até seu últimos dias de vida na comunidade onde se encontra seu núcleo familiar, hoje a menor terra indígena demarcada, porém uma conquista que tive minha contribuição com a monografia que foi utilizada como documento para o ministério publico, que somado a outros documentos e ações pressionou para acontecesse a demarcação. 
Dona Maria a grande mãe do Povo Cassupá fez a passagem em agosto de 2018 e eu senti imensamente por não ido para seu ritual funerário, mas enfim hoje presto essa homenagem para essa mulher que na primeira vez que me dirigi a ela me olhou insegura, mas depois sempre me recebeu com seus sorrisos silenciosos.




no ato Ele Não - 2018.

Para encerrar registro que digo que os meses de outubro a dezembro foi de muita luta. Participei do evento de educação no campus da UNIR de Rolim de Moura onde fiz parte de uma mesa de mulheres, indígenas e negras, que pra mim foi importante, porque também quero poder contribuir na demarcação da presença indígena na universidade Federal de Rondônia. Foi depois essa participação que fui para o ato Ele Não e fui agredida, policiais. Foi uma difícil, mas levantei a cabeça fortalecida pela luta de outras mulheres que tomo como exemplo, as do meu Povo e as de outros povos, em especial as Guarani, as Kawiowá, as Tupinambá,  as Tenharim, dentre tantas outras.





Também tive a felicidade de estar na banca de mestrado de uma surda. Para mim foi uma grande experiência e pela primeira pude ter de fato o contato com a percepção surda. Foi uma conquista importante termos a primeira surda mestra na UNIR. Indira, uma grande intelectual surda.

 Ainda na qualificação da Indira onde apresentei um parecer considerando toda a especificidade de sua escrita. Uma semana depois a defesa.

 Visita a minha irmã Rosana e meu sobrinho apos um mês de seu nascimento. Tive a honra de está com minha irmã na maternidade e receber meu sobrinho.
Fazendo intervenção no sete de setembro com temática - Tradição e modernidade - 2018


Filha do coração Gabi, seu namorado e Ally 


Em 2018 comemorei com mais força meu aniversário, pois havia superado grandes desafios com a saúde. Do meu lado amigo Ally. 







Na assembléia das mulheres indígenas de Rondônia com Rosa Arara - Agosto de 2018.










 Muitas ações com o coletivo Mura em 2018. Nessa foto recebendo a Lilian Potigura do Levante Indígena na USP. Janeiro de 2018.
Com Claudinho Mura e demais parentes Mura - Janeiro de 2018.

Deixo aqui meu agradecimento ao centro de pesquisa Mura que acolheu na Universidade do Pará no campus de Cametá, onde fiz uma conferencia de abertura de um seminário, compus e mediei mesa. Eu ainda estava traumatizada com a agressão sofrida, mas o carinho, a atenção, o respeito que recebi de todos, me fizeram me sentir pela primeira vez totalmente a vontade sem me preocupas com nenhum olhar ou atitude preconceituosa. Assim encerro enfim os registros de 2014, ano que não queria acabar.


Difícil foi! Mas a luta pela existência e resistência persistiu.







Acampamento Terra Livre - Agir - Mulheres indígenas de Rondônia - 2018.
















 muitos rituais cura para seguir firme em 2018



Ainda fiz parte do documentário da Raíssa - sobre memórias de Porto Velho. Dia de gravação de entrevista na Maloca Querida.
Com as parentas Karitiana- 2018.



Deixo aqui meu agradecimento ao centro de pesquisa Mura que acolheu na Universidade do Pará no campus de Cametá, onde fiz uma conferencia de abertura de um seminário, compus e mediei mesa. Eu ainda estava traumatizada com a agressão sofrida, mas o carinho, a atenção, o respeito que recebi de todos, me fizeram me sentir pela primeira vez totalmente a vontade sem me preocupas com nenhum olhar ou atitude preconceituosa. Assim encerro enfim os registros de 2014, ano que não queria acabar.

Meu maior presente chegou em Dezembro de 2018: O nascimento do meu neto que recebeu nome ancestral Mura: Buhuraem que significa Tupana das águas.