Na quarta semana de fevereiro de 2019 não teve jeito dona Lurdes e sua família tiveram que sair de sua casa. Foi muito triste vê-los se mudando, porque eu sabia que estava muito dolorido para os dois mais velhos, dona Lurdes e seu Venâncio.
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casa da dona Lurdes - guardiã das plantas medicinais e d seu Venancio que |
Dona Lurdes nossa guardiã das plantas medicinais. Seu Venâncio toca violão mesmo quando estão difíceis as coisas, ele faz parte da velha gurda, é nosso patrimônio cultural.
Nós da Maloca Mura também tivemos que fazer nossa mudança para a terra firme.
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Maloca Mura |
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pé de puruí fruta que me remete a minha avó. Fruta ancestral. |
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arte do Bote Negro, artista Chileno, filho de mãe Mapuche |
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Foi preciso uma foça do urucum |
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minhas cerâmicas Marajoaras, Xinguanas, Suruí e uma forma tradicional do Uruapeara que faz parte da cultura da minha família |
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cestaria, pal de chuva e entre os artefatos a retrato meu com minha mãe. |
Nos mudamos na quarta semana, tivemos o grande apoio do primo Timaia e da parentada toda da terra firme, ainda assim, foi dolorido. Mas, ficamos agradecidos a prima Antônia por nos ter dado um cantinho de sua casa para guardar nossos patrimônios culturais: Cerâmicas, paneiros, arcos, flechas, dentre outros.
O movimento de salvar as coisas foi intenso em toda a comunidade.
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Branquinha e vermelhinha. a primeira pariu um dia antes de eu pegá-la a outra está aqui na Maloca Querida, em Porto Velho |
Mas, no último dia da semana, depois de tirar as coisas de dentro da Maloca Mura, tínhamos que levar as nossas duas hospedes para a terra firme, pois íamos passar a semana fora em Porto Velho resolvendo coisas, visitando neto, filhos, mãe e irmãos que estavam preocupados conosco. Deixar a cachorra que estava prenha e a vermelhinha foi muito difícil. Chorei muito!
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