pássaro perdido na fumaça - passando pela comunidade Arara.
Senhor Rúlio nasceu em Ururo e vive em Arca de Israel.
Senhora Flora, nasceu em Ururo e vive em Arca de Israel.
atravessando a fronteira
produtos do mercado em Guayará - As massas também são vendidas por medidas.
Iremar no mercado
docinhos deliciosos!
Experimento o doce!
Delicioso!
surubim assado
na hora do almoço no restaurante e pousada Embaúba.
Belos e presos...
No outro dia pela manhã na pousada Embaúba.
no retrovisor do carro-moto indo para o porto.
Do outro lado do rio madeira - Guajará Mirim -Brasil - entrevista com Eva Canoé e Piau Kao Orowage.
Eles falaram sobre a diminuição de peixes nas terras indígenas do vale do Guaporé, da saída dos jovens indígenas das terras indígenas para trabalhar nas obras das Hidrelétricas e nos finais de semana ficam na cidade consumindo bebidas alcoólicas. Resumem tudo em uma frase: "Esse desenvolvimento defendido pelos governos aqui na Amazônia para nós são projetos de morte!"
Serra Pacaas encoberta de fumaça. Isso quer dizer que adentrando para o inicio da serra está pegando fogo.
A Amazônia está pegando fogo!
Mulheres Boliviana - em Vila Mamoré retornando para sua comunidade Arca de Israel, do outro lado do rio Madeira - (Bolívia)
Mãe e filha - (Flora, 57 anos e Rubélia 25 anos. Durante o trajeto até a comunidade Arara onde atravessam o rio conversamos um pouco. Sabemos um pouco delas e falamos um pouco de nós.
uma parte da cachoeira do Ribeirão no Rio Madeira- (vista de relance - passando de carro) Há a pretensão de construir uma hidrelétrica aqui também.
Na comunidade Arara
Na comunidade Arara - no espaço de seu Paraná (pescador tradicional) - aqui os tratores do desenvolvimento estão por chegar. A comunidade sabe que vai ser alagada, mas a empresa hidrelétrica não fez nenhuma discussão na localidade. Estão todos a espera de uma resposta da empresa... Sem saberem que rumos irão tomar.
Margem do rio madeira no local de travessia para Nova Esperanza -(Bolívia) restos do garimpo.
Do outro lado do rio - Nova Esperanza-Bolivia- comunidade que será afetada pelas hidrelétrica de Girau. Mas, o governo Brasileiro não fez nenhuma discussão sobre os impactos com o governo Boliviano.
Nosso amigo Aldenir intermediador no trabalho de articulação das comunidades afetadas pelas Hidrelétricas no Madeira e o Iremar.
Imagens dos modos de vida - Nova Esperanza
Filho do senhor Francisco (um dos nossos interlocultores na discussão sobre os impactos das hidrelétricas) com Iremar. Estão indo ao encontro de seu Francisco que estava em outro local trabalhando.
Senhor Geraldo falando sobre sua percepção do impacto das hidrelétricas na sua comunidade Nova Esperanza. Ele disse: " nossa floresta será alagada, irão morrer nossas plantas medicinais, as águas serão envenenadas, os peixes irão desaparecer. Nós não conseguimos mais viver fora do nosso lugar porque temos nosso próprio modo de vida, nossa alimentação, nossos costumes que são diferentes de outros lugares na Bolívia. Nosso modo de viver é diferente do modo de viver em Santa Cruz e nos outros lugares. Tem também a divisão política, temos diferentes organizações politicas divididas por departamentos".
Espaço de vida de uma família em Nova Esperanza que mantém a vida de forma sustentável.
Mãe do senhor Geraldo - ela em 60 anos além de cuidar da casa, do pequeno comércio é enfermeira. Tem 60 anos e disse que vai se aposentar da profissão de enfermeira. Seu Geraldo que foi entrevistado por nós é seu filho mais velho. Ela é sua família veio de Santa Cruz de la Sierra. Vivem em Nova Esperanza a 30 anos.
Senhor Francisco que já participou do encontro dos três rios afetados por hidrelétricas, (Teles Pires, madeira, Xingú) Ele nos apresentou sua família que nos recebeu com alegria.
voltando para o Brasil (comunidade Arara do outro lado do rio Madeira)
Draga garimpando (do lado brasileiro - Arara) - muita fumaça.
Atravessando o rio de Nova Esperanza (Bolívia) - Arara (Brasil) Um jovem casal com seu pequeno filho nos atravessou.
Aldenir e Conceição nossos amigos e colaboaradores na luta contra as barragens na Amazônia! Eles são diretamente afetados pela Hidrelétrica de Girau. Vivem na comunidade Arara. D. Conceição em sua entrevista disse que é afetada pela hidrelétrica de Samuel na Br 364/Porto Velho e não recebeu nenhuma indenização e agora será afetada novamente pela hidrelétrica de Samuel e não sabe para onde vai.
Essa é uma das formas que iniciam os incêndios...
pecuária um dos projetos de devastação da Amazônia.
arrancados de seu lugar - Mutum
posto abandonado - Mutum
Escola desmoronada: sob os escombros a lembrança da fala de uma criança numa reunião da comunidade que aconteceu nessa escola antes de serem retirados - "agora que temos uma escola nova nós vamos ficar sem ela?"
pé de cajú com seus frutos sem as crianças para desfrutá-los.
marcas da juventude na parede da lanchonete -Mutum afetada pelo furacão do PAC/ pela Hidrelétrica de Girau/ Rio Madeira/ Porto Velho/Rondônia/Brasil.
o antigo lugar de encontro- Mutum
só restou o caminho das formigas carregando grãos de feijão onde viveu uma comunidade!
túmulos remanejados...
dormentes da Ferrovia Madeira Mamoré - soterrados.
Trilho da ferrovia
vestígios das casas...
vestígios dos lares desmoronados... não foi só pedaços de móveis que ficaram para trás... foram pedaços de vida também!
Mutum- comunidade deslocada pela hidrelétrica de Jirau/ rio madeira/ Rondônia/Brasil.
Vestígios da Ferrovia Madeira Mamoré - Projeto desenvolvimentista para Amazônia que custou muitas vidas, atravessou e destruiu territórios indígenas... e agora se tornou um patrimônio histórico deteriorado pelo tempo e o esquecimento.
cruzeiro do cemitério da comunidade -Mutum
praia de Jacy Paraná - toda a areia foi retirada e só agora os governantes se deram conta porque haviam programado o último festival de praia e não poderão realizar porque a praia só ficou o buraco.
no horário de chegada e de saída dos trabalhadores de JIRAU a BR é tomada pelos ônibus da empresa.
Na quinta feira (01/09/2011) saímos de Porto Velho para Gauajará-Mirim (Brasil) e de lá atravessamos para Guayará-Mirim (Bolívia). Nosso objetivo era de ir até Guayará para que eu pudesse fazer uma consulta com o oftalmologista e se fosse o caso fazer a cirurgia. O governo boliviano fez um convênio com o governo Cubano para que os médicos Cubanos possam atender na Bolívia. Esse projeto é chamado de Milagro que além de democrarizar a saúde dar um exemplo de solidariedade. Bem diferente do Brasil que oferece um sistema único de saúde totalmente precário e privatiza a saúde dando as melhores opções pelo atendimento particular se pagar bem caro. Por meio desse convênio na Bolívia não só os bolivianos são atendidos, mas vários brasileiros e demais pessoas de países latino-americano que ficam na fronteira com a Bolívia. Não fiz a cirurgia, porque nessa semana eles estão comemorando o sucesso do convênio em La Paz.
No percurso da viagem encontramos um casal da Arca de Israel - Bolívia que estavam indo para Vila Mamoré. Fomos do Arara até Vila Mamoré conversando. Iremar puxava conversa com eles em espanhol/casteliano (algo assim) para saber um pouquinho do cotidiano deles. De onde vieram, o que fazem, essas coisas. Eles são de Oruro e vivem a muito tempo em Arca de Israel da agricultura familiar. Iremar falou para eles sobre a Marcha dos Tupnis, eles ficaram surpresos pois pelo visto vivem isolados de notícias.
Em Guayará depois de saber que não ia mais fazer a cirurgia, fomos andar um pouquinho para interagir um pouco com as pessoas e o lugar. Fomos ao mercado e depois fomos para a pousada Embaúba. Dormimos lá. A noite nos inteiramos dos acontecimentos políticos por meio dos jornais, que por sinal achei bem melhor do que os da globo. Vimos imagem do Povo Tipnis que estão em marcha rumo a Lapaz falar diretamente com Ivo Morales para dizer que não querem a carretera que irá passar pelo parque Tipnis. Vimos também noticias sobre a regularização da terra dos indígenas e a politica de valorização para os mesmos. Sem dúvida que a politica de Ivo para os indígenas é diferente da politica colonialista que imperou na Bolívia.
No outro dia pela manhã- Sexta feira, (02/09/2011) descansados enquanto ficava pronto o café andamos pelo espaço da pousada. Logo após ao café seguimos para o porto e atravessamos de volta para o Brasil. Tínhamos muito trabalho a fazer. Em Guajará nos encontramos com Eva Canoé e Piau Kao Orowage que são parceiros na luta contra as barragens no rio Madeira. Após a entrevista seguimos viagem e em Vila Mamoré encontramos na estrada dona Flora e sua filha Rubélia que estavam retornando para sua comunidade Arca de Israel. Dona Flora falou para sua filha que nós havíamos dado carona para ela e seu Rúlio na ida e demonstrou afinidade conosco, gostou de nos encontrar e nós também gostamos encontra-las. Na despedida ficou o agradecimento delas nos desejando saúde!
Chegamos na comunidade Arara às 13:15 da tarde e encontramos a metade de uma jatuarana bem grande e suculenta que haviam guardado para nós. Iremar foi entrevistar seu Paraná pescador tradicional eu fui descansar um pouco e depois fui atrás da casa deles. Encontrei mas estava fecha tirei umas fotos e voltei, foi lá que fotografei o pato selvagem na proa de uma canoa. Retornei para casa da D. Conceição e Iremar já estava vindo me procurar, pois havíamos nos desencontrado. Continuamos conversando com D. Conceição na sua casa e no final da tarde fomos registrar o pôr do sol na lagoa criada pela escavação do garimpo e que se tornou um bonita paisagem.
A noite seu Aldenir nos ofereceu carne assada e nos confraternizamos.
No Sábado (03/09/2011) pela manhã fomos para Nova Ezperança- Bolívia - do outro lado do rio. Na chegada a inspeção do exercício que demonstrou organização. Tendo em vista que do outro lado no Arara só tem o barranco. A comunidade é uma pequena colônia camponesa. Encontramos pessoas que são referência de organização politica da comunidade, fomos bem recebidos por todos que procuramos para pedir informação. Foi uma experiência significante estar do outro lado.
De volta ao Brasil, almoçamos por volta de 1:00hs da tarde. E depois de um breve descanso continuamos a viagem. Paramos na comunidade de Mutum para registar os escombros. Ver as casas desmoronadas, restos de móveis, cachorro abandonado, os lotes cheios de fruteiras, côco, açaí, cupuaçu, jaca, cajú, abacate. Tudo abandonado, trilhos da Ferrovia Madeira Mamoré, túmulos, casas, mortos e vivos arrancados do lugar. Imagens tristes... que nós deixam indignados... Estando entre os escombros pensei na fala de Eva Canoé: "Esse desenvolvimento para nós são projetos de morte!" e na fala de D. Conceição: "Não vamos ficar calados porque quem morre calado é sapo debaixo do pé de Boi e nós não somos sapo vamos continuar lutando".
No outro dia pela manhã- Sexta feira, (02/09/2011) descansados enquanto ficava pronto o café andamos pelo espaço da pousada. Logo após ao café seguimos para o porto e atravessamos de volta para o Brasil. Tínhamos muito trabalho a fazer. Em Guajará nos encontramos com Eva Canoé e Piau Kao Orowage que são parceiros na luta contra as barragens no rio Madeira. Após a entrevista seguimos viagem e em Vila Mamoré encontramos na estrada dona Flora e sua filha Rubélia que estavam retornando para sua comunidade Arca de Israel. Dona Flora falou para sua filha que nós havíamos dado carona para ela e seu Rúlio na ida e demonstrou afinidade conosco, gostou de nos encontrar e nós também gostamos encontra-las. Na despedida ficou o agradecimento delas nos desejando saúde!
Chegamos na comunidade Arara às 13:15 da tarde e encontramos a metade de uma jatuarana bem grande e suculenta que haviam guardado para nós. Iremar foi entrevistar seu Paraná pescador tradicional eu fui descansar um pouco e depois fui atrás da casa deles. Encontrei mas estava fecha tirei umas fotos e voltei, foi lá que fotografei o pato selvagem na proa de uma canoa. Retornei para casa da D. Conceição e Iremar já estava vindo me procurar, pois havíamos nos desencontrado. Continuamos conversando com D. Conceição na sua casa e no final da tarde fomos registrar o pôr do sol na lagoa criada pela escavação do garimpo e que se tornou um bonita paisagem.
A noite seu Aldenir nos ofereceu carne assada e nos confraternizamos.
No Sábado (03/09/2011) pela manhã fomos para Nova Ezperança- Bolívia - do outro lado do rio. Na chegada a inspeção do exercício que demonstrou organização. Tendo em vista que do outro lado no Arara só tem o barranco. A comunidade é uma pequena colônia camponesa. Encontramos pessoas que são referência de organização politica da comunidade, fomos bem recebidos por todos que procuramos para pedir informação. Foi uma experiência significante estar do outro lado.
De volta ao Brasil, almoçamos por volta de 1:00hs da tarde. E depois de um breve descanso continuamos a viagem. Paramos na comunidade de Mutum para registar os escombros. Ver as casas desmoronadas, restos de móveis, cachorro abandonado, os lotes cheios de fruteiras, côco, açaí, cupuaçu, jaca, cajú, abacate. Tudo abandonado, trilhos da Ferrovia Madeira Mamoré, túmulos, casas, mortos e vivos arrancados do lugar. Imagens tristes... que nós deixam indignados... Estando entre os escombros pensei na fala de Eva Canoé: "Esse desenvolvimento para nós são projetos de morte!" e na fala de D. Conceição: "Não vamos ficar calados porque quem morre calado é sapo debaixo do pé de Boi e nós não somos sapo vamos continuar lutando".
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