quinta-feira, 21 de maio de 2020

A chegada do Coronavírus em Nazaré

Com a notícia da chegada do Coronavírus agora a umas três semanas atras do mês de maio enviamos algum apoio para a comunidade com o que foi possível do recurso da doação.
Nazaré fica às margens do Rio Madeira é um distrito de Porto Velho. Os mais velhos chamam o lugar de Furo. As famílias mais velhas velhas vieram de diferentes localidades do Amazonas, que ficam às margens de lagos, mas principalmente do  Uruapeara e Acará que são territórios Mura e Torá.
Antes mesmo da chegada da Pandemia havíamos enviado uma cesta básica para uma família Mura que veio do território Mura Jauari e que vivem lá em Nazaré.
Depois da chegada do vírus enviamos mais algumas cestas básicas para o núcleo familiar que vive mais para dentro da comunidade e numa segunda remessa enviamos para outras famílias da vila. Infelizmente, não foi possível enviar cestas básicas para todas as famílias, mas além de nós a uma igreja católica está enviando contribuições também. 
Como era pouco o recurso enviamos primeiro uma cesta básica que foi doada em Porto Velho, depois mais 06 cestas básicas no valor toral de 656,82 com o recurso da campanha de doação, 04 máscaras prontas, no valor toral de 20,00 reais e 1 metro e meio de tecido, 26,85,00, dois metro de elástico duplo e linha para confecção = 6,00 reais que foi passado para uma costureira da comunidade, a qual confeccionou 18 máscaras para doar aos moradores que não tem condições de comprar.
Por último enviamos mais 12 cestas básicas no valor toral de 1288,60. 
Estas cestas básicas são enviadas por barco de linha e recebidas pelo administrador da comunidade e distribuídas para as famílias com maior necessidade de apoio diante das dificuldades causadas pela pandemia. 

Primeira Cesta básica repassada pelo professor Marcos Teixeira, entregue a família Mura do Jauari.


Cestas básica entregues para as famílias do interior da comunidade





!2 cestas básicas enviadas de barco para as famílias de Nazaré.








Quatro máscaras prontas entregues, duas famílias.


Aleíta, moradora da comunidade confeccionou voluntariamente 18 máscaras para doar para famílias que não podem comprar.


                                           Máscaras confeccionadas para a doação.





Kuekatu reté a todas e todos que estão apoiando essas famílias indígenas em contextos ribeirinhos que apesar de toda a política de apagamento, mantém seus modos de ser indígena que vem das raízes dos Povos: Mura, Torá, Parintintin e Apurinã. Famílias que aos poucos vão perdendo a vergonha de ser indígena por meio do trabalho feito com seus filhos e filhas na escola de valorização da cultura local, trabalho esse que desenvolvo junto com meu primo na escola,

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