Nós do coletivo Mura de Porto Velho, temos dificuldade de fazer a localização das famílias Mura na capital e outros Municípios de Rondônia, mas nos chegam notícias de que há família Mura no conjunto Santo Antônio onde vivem famílias que foram remanejadas do Cai Na"água, região periférica nas proximidades do porto de embarque e desembarque de passageiros, no Rio Madeira. Um dia vindo de barco de Nazaré (comunidade onde moro) para Porto Velho, encontrei um parente Mura que estava vindo de Manicoré - AM que nas conversas de viagem de barco ficamos felizes com o encontro, ele me passou o contato dele e disse-me que estava indo visitar a família dele, que mora nesse conjunto habitacional, mas perdi o seu contato e acabei não conseguindo fazer a aproximação com essa família. Também temos notícias passadas por parentes indígenas da Terra Indígena Sagarana de que há famílias Mura no distrito de Surpresa, às margens do rio Mamoré, mas ainda não conseguimos ir até lá, pois nos falta logística para isso.
A nossa afirmação Mura e a formação do coletivo Mura aqui em Porto Velho tem contribuído que aos poucos as pessoas de origem Mura passem a perder o receio de se mostrarem e ter orgulho de ser Mura, mas é um processo que vem se dando aos poucos.
As famílias que foram contempladas com o recurso da doação da campanha de apoio aos Mura na Amazônia em diferentes contextos, são de origem Mura e fazem parte da minha família em grande parte, que estão com empregos temporários com baixa renda e desempregadas, algum deles, além de desempregado ainda se encontra doentes, uma delas com teste positivo de Covid 19. Também consultei os outros componentes do coletivo Mura sobre a necessidade de apoio, mas estes estão conseguindo se manter, dessa forma, além de pessoas da minha família, contemplamos uma família Mura de Manicoré que vive em Porto Velho indicada por suã irmã que conheci numa reunião de estudantes na Universidade Federal de Rondônia; uma parenta do povo Mucuá que está com gravidez de risco e é casada com um jovem do Povo Karipuna e também vivem aqui em Porto Velho e uma parenta do Povo Apurinã que é lá de Nazaré, mas está morando em Porto Velho.
Cadeias do Jamarí
Foram 06 cestas básica e uma cesta especial com itens integrais para um casal de idosos com problema de diabete e pressão alta que custou no total: 800,00 reais.
Porto Velho
Karipuna
Apurinã
Alguns ao invés de receberem a cesta básica receberem itens indicados por eles dentro de suas necessidades.
Foram 15 cestas básicas compradas com o recurso de doação e uma que foi doada já com os itens comprados.
Um das pessoas acompanhadas está doente e por esse motivo está sendo acompanhado semanalmente pelo Coletivo Mura que está apoiando levando verduras e frutas semanalmente e apoiando nas demais necessidades como a reposição da botija de gás, o mesmo está desempregado e não conseguiu até agora aprovação do auxilio saúde, mesmo doente, sentindo dor no peito e no corpo estava saindo para fazer algum "bico" para conseguir algum dinheiro para comprar comida, então combinamos para que ficasse em casa se tratando que iríamos apoiá-lo.
Foram 1, 280, 00 reais ao todo.
Também está sendo utilizado do recurso de doação para abastecimento do carro para a entrega de cestas básicas na cidade e para levar até a beira do rio as que estão sendo enviadas para o Distrito de Nazaré. Até o momento já foi gasto 300 reais com combustível.
Para nós do coletivo Mura de Porto Velho foi muito importante contemplar essas famílias que em sua maioria, vivem de forma invisibilizadas na cidade, alguns em sub empregos, empregos temporários, rendas baixas, se virando do jeito que podem e que nesse período de pandemia ficaram sem renda nenhuma, ou com renda baixa, ou ainda, de uma maneira ou de outra, enfrentando dificuldades. Todas e todos ficaram imensamente agradecidas e agradecidos.
Mais uma vez nós deixamos nosso Kuekatu reté (muito obrigada) a todas e todos que fizeram as doações; as elaborações de materiais para divulgar a campanha e também para quem está somando na divulgação. Que Namantuiky possa fortalecer a todas e todos.
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